Sunday, April 15, 2012

Folha sem lustro

A Ilustríssima de hoje faz de uma conversa de comadres um tema jornalístico sem brilho. Uma entrevista de duas páginas com Caetano Veloso que, há tempos, se repete. Cria frases de efeito e tenta dar uma tinta barroca, daquelas que ao invés de andar dois centímetros em linha reta, faz uma volta de 20 km. Sinto cheiro de ressentimento em tudo o que Caetano tenta dizer sobre política.
A Folha alimenta uma discussão passadista, de Caetano com Roberto Schawrz, sem nenhuma importância para o país. Afinal, interessa aos mortais saber se a edição grega do livro de Caetano foi bem feita? Ou se a prisão de Caetano fez o rapaz amarelar? Se ele é mais de esquerda que outros?
Para piorar, a cereja do bolo: mais uma página para uma "crítica" (sic) de Marcos Augusto Gonçalves, entrando pela janela e tentando achar a saída. Segue a linha de Caetano, tenta escrever difícil (quando a máxima do jornalismo é se fazer entender) e cria um trocadilho infame ("burritsia" de esquerda).
Perdi meu tempo. E ainda fiquei irritado de cair nesta armadilha. A ilustríssima não tem o que dizer.

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